O
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a fim de dar
continuidade às ações de mobilização social contra o trabalho infantil
e o trabalho escravo no Brasil, apoia, por meio da Comissão da Infância
e Juventude (CIJ), projeto de desenvolvimento de jogos eletrônicos
educativos promovido pelo Ministério Público do Trabalho da Paraíba
(MPT/PB).
A
iniciativa, realizada em parceria com o Curso Superior de Tecnologia em
Jogos Digitais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa),
de Campina Grande/PB, já resultou na produção de dois games: “Infância
Livre” e “Trabalho Livre”.
Os
jogos, cujo público-alvo são as crianças e adolescentes, apresentam
linguagem simples e buscam conscientizar e alertar os usuários
de forma lúdica, por meio da apresentação de cenários do cotidiano. O
game “Infância Livre” mostra ao jogador como combater diversos cenários
do trabalho infantil no Brasil, como os que ocorrem nos lixões, no meio
rural e no ambiente doméstico.
O
“Trabalho Livre”, por sua vez, é um jogo educativo sobre a erradicação
do trabalho escravo, com histórias e diálogos baseados em fatos
reais. O game tem o objetivo de alertar sobre essa problemática, chaga
social que ainda atinge milhões de trabalhadores em diversos países. Nas
missões, o jogador conhece a realidade do trabalho escravo em alguns
cenários, como canavial, carvoaria, costuraria
e pedreira.
De
acordo com o conselheiro e presidente da CIJ/CNMP, Walter Agra, “A CIJ
tem trabalhado insistentemente no combate ao trabalho infantil
e ao trabalho escravo, e os games agora disponibilizados têm o condão
de conscientizar a todos de uma forma divertida e eficaz”. O conselheiro
lembrou ainda que “também é missão do CNMP divulgar as boas práticas de
todos os ramos do Ministério Público e esses
jogos produzidos pelo MPT/PB e Facisa são inovadores e de excelente
qualidade”.
O
procurador do Trabalho Marcus Antônio Ferreira (MPT/PB), que participa
do grupo que idealizou o projeto, destacou a importância da ação
ao “sensibilizar a sociedade de uma forma inovadora e influenciar na
formação profissional dos estudantes que produziram os jogos”. Segundo o
procurador do Trabalho Raulino Maracajá (MPT/PB ), que também atua na
organização da ideia, a iniciativa tem o mérito
de “transmitir uma mensagem contra os trabalhos infantil e escravo de
forma criativa, utilizando estudantes como agentes multiplicadores nesse
tema tão caro à sociedade”.
O jogo “Infância Livre” está disponível na internet, pelo endereço
www.mptgames.com.br/ infancialivre; enquanto o jogo “Trabalho Livre” pode ser acessado pelo
endereço http://www.mptgames.com.br/ trabalholivre.
Ambos podem ser baixados gratuitamente em computadores e tablets. Os jogos também podem ser encontrados na
página da CIJ/CNMP.
O CNMP no combate ao trabalho infantil
O
CNMP atua permanentemente visando à erradicação do trabalho infantil e à
repressão do trabalho escravo. Em 2015, por exemplo, para celebrar
o Dia das Crianças, comemorado dia 12 de outubro, a instituição lançou
um
vídeo
de combate ao
trabalho infantil nas redes sociais mostrando a reação de crianças
quando recebem uma caixa surpresa, de seus pais, com tijolos, arames e
correntes, em vez de brinquedos. O vídeo foi compartilhado com a hashtag
#naodêtrabalho.
Com
o intuito de auxiliar e tornar efetiva a garantia constitucional da
prioridade absoluta dos direitos das crianças e adolescentes,
a CIJ/CNMP elencou diversas ações na 2ª edição do Manual de Erradicação
do Trabalho Infantil. A publicação auxilia membros do Ministério
Público a efetivar a atuação na erradicação do trabalho perigoso, penoso
e insalubre aos menores de 18 anos, bem como qualquer
trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir
dos 14 anos (Saiba mais
aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário