quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

NOTICIAS

http://www.prt5.mpt.gov.br/informe-se/noticias-do-mpt-go/622-fiscalizacao-coibe-exploracao-infantil-e-trabalho-degradante-no-carnaval

Fiscalização coíbe exploração infantil e trabalho degradante no Carnaval

Representantes de diversos órgãos públicos realizaram na manhã desta terça-feira (09/02) ação conjunta para promover o trabalho decente no Carnaval e fiscalizar situações de exposição de crianças e jovens a diversas formas de exploração e exposição a riscos.
O grupo se reuniu na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Corredor da Vitória e seguiu em direção ao Campo Grande, verificando a existência se casos de trabalho infantil e também para verificar o cumprimento das condições mínimas de trabalho exigidas para a contratação de cordeiros pelos blocos que desfilam neste último dia de festa em Salvador. A ação
Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Secretaria de Promoção Social da prefeitura de Salvador (Semps), Conselhos Tutelares, Centro de Referência Especializado em Saúde do Trabalhador (Cerest) e Guarda Municipal participaram da operação, que coroou o trabalho desenvolvido em parceria entre todos esses órgãos e mais a Defensoria Pública do Estado da Bahia durante todo o Carnaval. “Essa integração é fundamental para que possamos atuar de forma mais eficiente no combate ao trabalho infantil, à exploração sexual e à exposição a riscos de crianças e adolescentes e para garantir que sejam cumpridas condições mínimas de trabalho durante essa festa”, pontou a procurador do MPT Virginia Senna.
Equipe conversou com pais e mães que levaram seus filhos para acompanhá-los no trabalho dentro do Carnaval
Equipe conversou com pais e mães que levaram seus filhos para acompanhá-los no trabalho dentro do Carnaval
Ela foi uma das cerca de 30 pessoas que percorreram as ruas do centro da cidade, onde acontecem desfiles de diversos trios elétricos, dentro do chamado circuito Osmar, o mais tradicional do Carnaval de Salvador. No percurso, a equipe encontrou muitas situações de crianças levadas pelos pais para a área da festa para permanecer por lá enquanto eles trabalham, muitos como ambulantes, dormindo nas ruas do circuito. Numa das abordagens, os fiscais identificaram um garoto de 10 anos que acompanhava o pai, que realizava a manutenção de um trio elétrico. Exposto a ruídos e a todo tipo de exposição a riscos sociais, o menino foi levado, junto com o pai até uma das unidades do Conselho Tutelar na festa, localizada no bairro dos Aflitos.
Centros de acolhimento - O pai foi orientado a retirá-lo do circuito e informado que, caso não tivesse com quem deixa-lo em segurança durante o tempo em que estivesse trabalhando, poderia deixa-lo aos cuidados de um dos quatro Centros de Educação Infantil (Cmei), montados especialmente para atender a filhos de pessoas que trabalham durante o Carnaval. Após a abordagem, um tenente do Pelotão Águia, da Polícia Militar, intercedeu em favor do pai, alegando que era melhor que a criança estivesse ali do que sozinha em casa. A promotora de Justiça Andréa Ariadna, eleita este mês coordenadora do Fórum para Erradicação do Trabalho Infantil, questionou a postura do agente público. “Pessoalmente, o homem pode até ter essa opinião, mas quando estiver fardado ele tem a obrigação de proteger a infância e zelar para que o garoto não se exponha a riscos, não importando se existem outras possibilidades piores do que essa para o menino”, alertou.
A coordenadora de proteção especial da Semps, Dinsjani Pereira, explicou às mães e pais que estavam trabalhando na festa acompanhados de seus filhos adolescentes ou mesmo crianças que a Prefeitura oferece toda estrutura de acolhimento durante todos os dias da festa. “Temos quatro unidades bem-estruturadas, com conforto, alimentação, higiene e acompanhamento pedagógico justamente para que essas pessoas não precisem expor seus filhos a riscos físicos e sociais”, salientou. As unidades ainda dispõem de vagas e funcionam até o meio-dia de Quarta-feira de Cinzas, oferecendo seis refeições diárias e uma completa equipe técnica em pontos próximos aos dois principais circuitos da festa.
Os Cmei estão funcionando desde quinta-feira no Calabar (ao lado do posto de saúde), em Ondina (Colégio Wilson Lins, ao lado do Zoológico), nos Barris (Colégio Senhor do Bonfim, próximo à Biblioteca Central) e na Mouraria (Colégio Teixeira de Freitas, na Rua da Mangueira). Durante a festa 181 crianças já foram acolhidas, a maioria permanecendo por vários dias nos centros. Muitas delas são bebês, que às vezes são amamentados pelas mães e em outras são alimentados com leite especial para lactentes. Cabe ao Conselho Tutelar reencaminhar a criança acolhida durante a festa à família, caso os pais deixem de busca-las até o meio dia de amanhã (10).
Conselheira tutelar orienta pai que foi trabalhar na folia e levou filho
Conselheira tutelar orienta pai que foi trabalhar na folia e levou filho
A conselheira tutelar coordenadora do posto dos Aflitos, Tatiane Paixão, conta que boa parte das crianças acolhidas foi levada até os centros após intervenção dos conselheiros. “Sempre que recebemos uma informação de uma criança exposta nas ruas, procuramos os pais e buscamos conscientizá-los da necessidade de retirá-los das ruas, oferecendo a alternativa de encaminhamento aos centros”, destacou. Em todas as unidades de acolhimento ainda existem vagas. Além de todos os cuidados, as crianças e jovens participam de atividades recreativas, como os bailinhos de Carnaval que serão realizados nesta terça, às 14H (Calabar), 16h (Barris) e 17h (Mouraria).
Cordeiros – Outra situação observada durante a fiscalização foi o cumprimento das condições mínimas para contratação de cordeiros, os profissionais pagos pelos blocos carnavalescos para segurar as cordas que separam os associados dos demais foliões. A procuradora Virginia Senna foi a precursora dos debates para a definição de padrões mínimos para contratação dessas pessoas, em 2006. Naquele ano, foi assinado o primeiro termo de compromisso por alguns blocos com condições como remuneração mínima e fornecimento de equipamentos de proteção. Até então, a atividade era informal e deixava o cordeiro exposto a acidentes sem que estivesse coberto por qualquer seguro, falta de contratos escritos, falta de pagamento, etc.
Na passagem pelo circuito do Campo Grande, a procuradora regional se disse feliz com o que viu, apesar de saber que mais de 40 notificações foram aplicadas a entidades carnavalescas por descumprimento dessas condições mínimas. “Mesmo sabendo que as condições ainda estão longe do ideal, é bom constatar que hoje os cordeiros são cadastrados, recebem protetor solar, água, lanche e equipamentos de proteção individual. Quando começamos a discutir essa questão, esses itens eram impensáveis”, lembrou.
Virginia Senna destacou, no entanto, que todas as notificações encaminhadas pelo Cerest, que mantém duas equipes nas ruas para verificar essa questão, serão alvo de investigação e que os blocos poderão ser responsabilizados, inclusive com ações na Justiça, com pedido de indenização por danos morais coletivos. “Mesmo os blocos que não assinaram o termo de compromisso estão sujeitos a essas medidas, que nada mais são do que as garantias mínimas de contratação digna dessas pessoas”, afirmou.
Cordeiros recebem sacola com equipamentos de proteção antes do desfile de terça de Carnaval
Cordeiros recebem sacola com equipamentos de proteção antes do desfile de terça de Carnaval

--
Rogério Paiva
Assessor de Comunicação
Ministério Público do Trabalho na Bahia
+55 71 3324 3460
+55 71 99631 4082

CURSO

AINDA TEMOS VAGAS-Confirme inscrição.
INTERPRETAÇÃO DA ISO 9001
Dia: 05 de março de 2016
Local: Torre Londres S/2703, Edf. Mandarim Residencial, ao lado do Salvador Shopping, Pituba, Salvador-BA
  1. OBJETIVO
Dar conhecimento sobre os requisitos da norma ISO 9001, capacitando os participantes para atuar na implantação de um sistema de gestão visando sua certificação.
Curso Básico e Reciclagem da NR35Teórico e prático
Dia: 26 de fevereiro de 2016
CONFIRMADO-Curso Básico da NR10 e SEP
Dias: 23, 24, 25, 26 e 27 de fevereiro de 2016
CONFIRMADO-Curso de Reciclagem da NR10 e SEP
Dias: 23 e 24 de fevereiro de 2016
Curso de Segurança em Líquidos Inflamáveis-NR20-16horas
Dias: 03 e 04 de março de 2016
Horário dos cursos: 08h00 às 17h00
Local: Av. Joana Angélica, 1.464, 1º andar, Nazaré, Salvador-BA(próximo a EEMBA e Prédio do SESC)
Trabalhador treinado é melhor que trabalhador acidentado
Inscrição
(71) 3276-2517 / 3327-3376
www.dantonprevencao.com.br

CNMP apoia projeto de conscientização contra trabalho infantil e escravo

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a fim de dar continuidade às ações de mobilização social contra o trabalho infantil e o trabalho escravo no Brasil, apoia, por meio da Comissão da Infância e Juventude (CIJ), projeto de desenvolvimento de jogos eletrônicos educativos promovido pelo Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT/PB).
A iniciativa, realizada em parceria com o Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), de Campina Grande/PB, já resultou na produção de dois games: “Infância Livre” e “Trabalho Livre”.
Os jogos, cujo público-alvo são as crianças e adolescentes, apresentam linguagem simples e buscam conscientizar e alertar os usuários de forma lúdica, por meio da apresentação de cenários do cotidiano. O game “Infância Livre” mostra ao jogador como combater diversos cenários do trabalho infantil no Brasil, como os que ocorrem nos lixões, no meio rural e no ambiente doméstico.
O “Trabalho Livre”, por sua vez, é um jogo educativo sobre a erradicação do trabalho escravo, com histórias e diálogos baseados em fatos reais. O game tem o objetivo de alertar sobre essa problemática, chaga social que ainda atinge milhões de trabalhadores em diversos países. Nas missões, o jogador conhece a realidade do trabalho escravo em alguns cenários, como canavial, carvoaria, costuraria e pedreira.
De acordo com o conselheiro e presidente da CIJ/CNMP, Walter Agra, “A CIJ tem trabalhado insistentemente no combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo, e os games agora disponibilizados têm o condão de conscientizar a todos de uma forma divertida e eficaz”. O conselheiro lembrou ainda que “também é missão do CNMP divulgar as boas práticas de todos os ramos do Ministério Público e esses jogos produzidos pelo MPT/PB e Facisa são inovadores e de excelente qualidade”.
O procurador do Trabalho Marcus Antônio Ferreira (MPT/PB), que participa do grupo que idealizou o projeto, destacou a importância da ação ao “sensibilizar a sociedade de uma forma inovadora e influenciar na formação profissional dos estudantes que produziram os jogos”. Segundo o procurador do Trabalho Raulino Maracajá (MPT/PB ), que também atua na organização da ideia, a iniciativa tem o mérito de “transmitir uma mensagem contra os trabalhos infantil e escravo de forma criativa, utilizando estudantes como agentes multiplicadores nesse tema tão caro à sociedade”.
O jogo “Infância Livre” está disponível na internet, pelo endereço www.mptgames.com.br/infancialivre; enquanto o jogo “Trabalho Livre” pode ser acessado pelo endereço http://www.mptgames.com.br/trabalholivre. Ambos podem ser baixados gratuitamente em computadores e tablets. Os jogos também podem ser encontrados na página da CIJ/CNMP.

O CNMP no combate ao trabalho infantil
O CNMP atua permanentemente visando à erradicação do trabalho infantil e à repressão do trabalho escravo. Em 2015, por exemplo, para celebrar o Dia das Crianças, comemorado dia 12 de outubro, a instituição lançou um vídeo de combate ao trabalho infantil nas redes sociais mostrando a reação de crianças quando recebem uma caixa surpresa, de seus pais, com tijolos, arames e correntes, em vez de brinquedos. O vídeo foi compartilhado com a hashtag #naodêtrabalho.
Com o intuito de auxiliar e tornar efetiva a garantia constitucional da prioridade absoluta dos direitos das crianças e adolescentes, a CIJ/CNMP elencou diversas ações na 2ª edição do Manual de Erradicação do Trabalho Infantil. A publicação auxilia membros do Ministério Público a efetivar a atuação na erradicação do trabalho perigoso, penoso e insalubre aos menores de 18 anos, bem como qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos (Saiba mais aqui).

CONVITE


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Auditoria fiscal do trabalho detecta R$ 120 milhões de débitos trabalhistas nas empresas de transporte coletivo de Salvador

Auditoria fiscal do trabalho detecta R$ 120 milhões de débitos trabalhistas nas empresas de transporte coletivo de Salvador

Operação de fiscalização, que teve início em março de 2015, gerou 560 autos relacionados a infrações trabalhistas

Salvador, 28/01/2016 - O Grupo Especial de Fiscalização do Trabalho em Transportes do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Getrac) divulga, nesta sexta-feira (29/01), às 09h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA), os resultados da fiscalização realizada em empresas do setor de transporte coletivo de passageiros de Salvador. A fiscalização analisou cinco anos de relação trabalhista de 22,5 mil trabalhadores com 24 empresas do setor. A análise identificou R$ 120 milhões em débitos de verbas trabalhistas e aplicou 560 autos de infração em função de diversas irregularidades. A ação começou em março de 2015 e foi finalizada este mês com o apoio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA) e do Ministério Público do Trabalho da 5ª região (MPT/BA).


A análise apontou desrespeito a direitos trabalhistas, como excesso da jornada de trabalho, trabalhos aos domingos, descanso semanal remunerado não concedido, descumprimento na concessão de férias, vínculo empregatício irregular, dentre outros.

Serviço:
Divulgação dos resultados de fiscalização em empresas do setor de transporte
Data: 29/01/2016 (sexta-feira)
Horário: 09h
Local: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia
Endereço: Avenida Sete de Setembro, nº 698 – Piedade – Salvador/ Bahia.
Telefone: 71 3329-8440